Esse post eu dedico a todas as pessoas que reclamam que hoje no Brasil a música tornou-se pobre em seu conteúdo; é "tchu tcha" pra cá, "ai se eu te pego" pra lá, Mr. Catra e Valeska Popozuda...e por aí vai.
"Peraí" !!! Com tanta opção de onde se encontrar novas coisas e você aí refém da mídia televisiva e radiofônica?
Do funk proibidão ao sertanejo mela cueca, devemos reconhecer isso como cultura sim, é a cultura consumida pelo povo, independentemente da classe social. Baseado no que disse @anadecesaro, para ser cultura não é necessário que sejamos rebuscados e eruditos.
Porém se você está cansado de pouco conteúdo harmônico, além das letras apelativas e muitas vezes sem nenhum nexo e envolvido em um saudosismo sufocante que nem o permite buscar novos músicos e/ou bandas, saiba que existem pessoas produzindo material de ótima qualidade e, aqui apresento-lhes um dos maiores nomes dessa nova geração: Caê Rolfsen.
Recentemente premiado no 22º Prêmio da Música Brasileira pelo álbum "Gafieira São Paulo", Caê Rolfsen é cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor, nascido em Araraquara, interior de São Paulo.
Aos 30 anos, já se apresentou ao lado de artistas consagrados da MPB, como Elza Soares e Paulo Moura, teve seus arranjos gravados por Monarco, Wilson Moreira, Délcio Carvalho, Luiz Grande, Dona Inah e Fabiana Cozza, e foi premiado em importantes festivais nacionais como a FAMPOP (vencedor de 2004, tendo recebido o troféu "Guinga" de composição por unânimidade do júri) e a 1ª Semana da Canção Brasileira (melhor intérprete, 2009).
Agora, em maio de 2012, Caê Rolfsen lança seu primeiro trabalho solo como compositor, o álbum "Estação Sé". Nele, reúne músicos como Nailor Proveta, Fábio Sá, Bruno Prado, Thiago Rabello, Pedro Ito, Marcelo Cabral, Thiago França e Conrado Goys, com quem Caê divide a produção musical das 9 faixas do disco, entre outros músicos.
Com referências na música ibérica, latina-americana e afro-brasileira, as canções de "Estação Sé" conduzem por atmosferas oníricas e usam o momento da iminência do despertar como uma ponte entre o tempo real e o tempo imaginário, em ritmos que vão do samba-rural da surrealista "Terra em trânsito" à valsa brasileira de "Flores azuis", percorrendo ainda ijexá, chula, xote, carimbó.
Conjugando música de câmara e instrumentos populares sul-americanos, como o ronroco e os tambores Allegro e Llamador, "Estação Sé" experimenta uma sonoridade até então pouco visitada pela música brasileira.
Conheçam melhor o trabalho de Caê Rolfsen através desses links:
@BRICIOLOUREIRO